Poder participar de reflexões sobre o letramento acadêmico em um Projeto da UFMG é muito gratificante. Primeiro porque eu gosto do assunto. Segundo, porque eu abandonei um curso no 5º período por causa da falta de integridade acadêmica de uma universidade. Ou seja, o que estou fazendo hoje é algo que me acompanha há mais tempo.
Infelizmente, no Brasil a integridade acadêmica ainda precisa ganhar mais espaço. É bom ver que um curso pode contemplar este conhecimento, promover este debate.
Se, por um lado, a ampliação do acesso à universidade é positivo, pois permite que muitas pessoas que antes não conseguiam ingressar finalmente tenham esta oportunidade, por outro traz também várias pessoas descomprometidas com a formação acadêmica.
Desta forma, a Metaturma, quando convida para uma reflexão acerca da própria história e a interseção entre essa história e a escolha profissional, auxilia muito no comprometimento destes alunos com seu percurso acadêmico.
Por isso, é imprescindível pensar neste percurso como parte da própria vida, de algo que está ligado à nossa formação enquanto pessoas, seres humanos, sujeitos da nossa própria história. O trabalho é um caminho para a construção identitária e, inclusive, a partir do conceito marxista de trabalho, o que nos diferencia dos outros animais. Em outras palavras, o trabalho é uma escolha subjetiva que reflete o nosso processo de humanização. Por isso, poder fazer estas reflexões e transformar a realidade a partir delas é tão importante e significativo.
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