terça-feira, 14 de outubro de 2014

Contribuições do Curso de Formação de Tutores à Distância do Giz/UFMG


Perguntas geradoras:

1. Como desenvolver um trabalho em equipe em um curso à distância?
2. Como gerir um curso à distância sem burocratizá-lo em demasia?
3. Como mediar a relação professor-aluno, sendo este bem mais autônomo nos cursos à distância?
4. Qual é o equilíbrio entre a flexibilidade e a obrigatoriedade no cumprimento de tarefas e prazos?
5. Em quais aspectos da minha formação em Pedagogia esta experiência interferiu? Como?
O curso proporcionou para mim diversas oportunidades diferentes. Uma delas foi desenvolver um trabalho em equipe. As reuniões contemplavam o planejamento, mas foi o comprometimento de cada um que possibilitou que o curso fosse ofertado. Igualmente importante foi vencer a falta de tempo para participar das reuniões e acompanhar a Metaturma e a Oficina. Como as reuniões eram pela manhã e Iara está comigo neste horário, por várias vezes ela me acompanhou e sou grata a ela por isso.

Percebi também que há uma burocratização excessiva do curso: tudo é anotado, compartilhado, há cruzamento de dados de planilhas diferentes, enfim, é algo que dá muito trabalho. Acredito que o planejamento do curso ofereceu grande flexibilidade para os estudantes, o que tem sua razão de ser. Mas isso acarreta uma sobrecarga para os tutores. Será que vale a pena?

O maior desafio de todos foi repensar minha concepção de docência, de relação professor-aluno e perceber que há várias formas de ser estudante e professor. Eu mesma sou muito exigente e ficava bastante brava com alunos que atrasavam a postagem das tarefas. Mas fui percebendo que cada um tem seu tempo, cada um precisa do seu momento. E a equipe me ajudou bastante nisso. Neste sentido, o curso contribuiu muito para me fazer refletir sobre formas de ver o mundo que eu tinha e que eu posso ter. No meu dia a dia, penso em começar a ler algumas coisas sobre a docência, papel do professor, a relação professor-aluno e temas relacionados. Acredito que levo comigo mais do que perguntas: levo o aprendizado de que é possível fazê-las para ter a liberdade de mudar sempre que desejado.

Outra contribuição importante foi ter a oportunidade de atuar como tutora à distância. Gostei da experiência mas preciso aprender muitas coisas ainda. E o serviço é muito... Nossa! Tudo é planilha pra lá, reunião pra cá... É serviço demais da conta! Acredito que seja preciso repensar a EaD, a gestão dos cursos EaD mesmo, sabe? E muda data, muda rotina, muda combinado, muda norma... Talvez essa flexibilidade seja importante mas ter flexibilidade demais também aumenta a quantidade de trabalho dos tutores. Acho que a primeira coisa que eu aprendi foi valorizar muito o trabalho das tutoras do curso de Pedagogia: Heloísa, Rodrigo, Symaira, Sayonara e Lúcia. Depois, pensar mesmo na EaD como uma formação de boa qualidade e não como um curso que se faz sem comprometimento. Além disso, fiquei curiosa para saber as semelhanças e diferenças entre a gestão dos cursos EaD e dos cursos presenciais.

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